Os evangélicos americanos estão
“lutando uma batalha cada vez mais difícil, demograficamente falando”, em
questões tais como “casamento” gay, Jim Daly, presidente de Focus on the Family
(a maior organização evangélica pró-família dos EUA), disse ao jornal Los Angeles Times depois da recente
eleição presidencial dos EUA.
No mês passado, ele disse que os
evangélicos e os conservadores sociais estavam “remando contra a maré” ao focar
em valores tradicionais como aborto e “casamento” gay em suas mensagens
políticas.
Sua chamada pedindo “moderação” foi
basicamente um apelo para que os cristãos parem sua oposição política a tais
questões à luz da recente vitória eleitoral de Obama.
Sua admoestação implica que depois
de décadas, os democratas (políticos do Partido Democrático dos EUA, muito
parecido com o PT, e mencionados daqui em diante neste artigo como socialistas)
alcançaram vitória por meio de uma mudança em massa da mente do povo americano,
que agora quer aborto e “casamento” gay. Em parte, isso é verdade com relação
aos americanos natos que se tornaram esquerdistas depois de uma exposição de
longa duração ao esquerdismo nos campos de doutrinação de massa (também
conhecidos como escolas públicas). Graças a essa doutrinação, eles veem, falam
e sonham socialismo (vulgo Partido Democrático).
No entanto, não há suficientes
americanos esquerdistas natos para decidir as eleições. Nesse ponto, entra o
fantástico plano democrático, e Ann Coulter explicou-o muito bem ao dizer que
os democratas mudaram profundamente a demografia dos EUA. Ela escreve:
A
maioria dos americanos não entende que, décadas atrás, os democratas
instituíram um plano de longo prazo para transformar gradualmente os Estados
Unidos numa nação do terceiro mundo. Os EUA se tornariam mais pobres e menos
livres, mas os democratas teriam uma maioria imbatível!
Deve-se acrescentar também que como
consequência desse plano, os EUA são hoje uma nação menos cristã. Uma recente
reportagem da Associated Press disse que “Pela primeira vez em sua história, os
Estados Unidos não têm uma maioria protestante”. Evidentemente, um esquerdismo
agressivo e estúpido nas grandes igrejas protestantes que está espantando
membros tem sido fundamentalmente útil para o plano socialista, mas a imigração
está mudando não somente a face étnica dos EUA, mas também sua demografia e
influência cristã.
Coulter diz:
Sob
a lei de imigração de 1965 feita por Teddy Kennedy, nossa política de imigração
mudou de uma política que duplicava a população étnica existente para uma
política que estritamente favorecia imigrantes inexperientes do terceiro mundo.
Desde 1968, 85 por cento dos imigrantes legais estão vindo do que se chama
eufemisticamente de “países em desenvolvimento”.
Os EUA não podem receber cientistas
de computação da Europa que estão fugindo de seu decadente continente
socialista, e absolutamente não podem receber cristãos que estão fugindo de
perseguição islâmica, até mesmo de nações muçulmanas invadidas por tropas
americanas, pois os EUA têm de dar espaço para imigrantes muçulmanos. O plano
socialista (democrático) exige que a demografia cristã dos EUA seja mudada.
Cristãos para fora, muçulmanos para dentro.
William J. Murray, presidente da
Coalizão de Liberdade Religiosa, me disse recentemente: “Os muçulmanos estão
sendo enviados para viver no cinturão bíblico [região dos EUA onde predominam
os evangélicos que se mantêm fiéis à Bíblia] quando imigram para os EUA. Nashville
e Atlanta são os centros de imigração usados por Obama para descarregar
muçulmanos nos EUA. Além disso, os muçulmanos que não conseguem vistos têm a
ajuda de seus aliados, os cartéis mexicanos, que os fazem passar pela fronteira
para se estabelecer nos EUA”.
Coulter escreve:
Pelo
fato de que os recentes imigrantes não têm conhecimento profissional, eles
chegam aos EUA em necessidade urgente de assistência governamental. O desespero
deles tem sido uma “bênção” enorme para o Partido Democrático.
Não
é que os imigrantes pobres pensem diferente dos conservadores acerca da maioria
das questões. Tente perguntar a um recente imigrante:
Qual
sua opinião sobre o aborto?
É tirar uma vida.
É tirar uma vida.
O
que deveríamos fazer com os criminosos?
Prenda-os e jogue fora a chave.
Prenda-os e jogue fora a chave.
Você
apoia o aumento de impostos?
Não, o governo já tira demais.
Não, o governo já tira demais.
Qual
é sua opinião sobre funcionários do governo que recebem salários e
aposentadorias gordas sem mostrarem serviço?
Deixa-me revoltado.
Deixa-me revoltado.
Você
apoia o “casamento” gay?
De forma nenhuma.
De forma nenhuma.
Em
quem você vai votar?
Nos democratas.
Nos democratas.
Sim, porque os democratas dão presentes!
Isso é verdade, por exemplo, com
relação aos imigrantes da América Latina, os apoiadores mais fieis dos
democratas. Os bispos católicos americanos têm sido vocalmente pró-vida, mas
mais de 70% dos católicos, a maioria latino-americanos, votaram em Obama e nos
democratas, que são pró-aborto e pró-homossexualismo.
Os imigrantes latino-americanos com
certeza se opõem ao aborto e ao “casamento” gay. O problema é que gente pobre e
sem instrução — a base do Partido Democrático — gosta de coisas grátis que os
socialistas lhes dão.
Os brasileiros não são diferentes. Eles
geralmente votam nos políticos “mais generosos”. E eles têm reproduzido sua
conduta nos EUA. Uma amiga brasileira que vive nos EUA me disse que a maioria dos
amigos dela nos EUA apoiou Obama. Eles são evangélicos que se opõem ao aborto e
à homossexualidade. Mas eles gostam dos privilégios e presentes que os
socialistas oferecem. Em resumo, eles sacrificarão qualquer valor moral
importante para obter privilégios e presentes. Os EUA nada perderiam se
deportassem brasileiros e outros imigrantes que colocam seu conforto pessoal
acima dos valores da família tradicional.
Portanto, Jim Daly se equivocou de
forma fundamental em sua compreensão da atual realidade dos EUA. Um candidato
conservador não precisa “abrandar” sua oposição ao “casamento” gay e ao aborto.
Se tudo o que ele quer é agradar a uma multidão de eleitores, ele deveria fazer
o que qualquer ditador do terceiro mundo faz: prometer uma abundância de coisas
grátis.
Afinal, considerando que a maioria
dos imigrantes nos EUA veio de nações do terceiro mundo, eles têm aspirações do
terceiro mundo: eles querem que o governo os alimente, os ajude, etc.
Contudo, insistir em abundância de
benesses não é o jeito cristão de fazer as coisas. O jeito bíblico é:
“Todavia, vos
encorajamos, queridos irmãos, que vos aperfeiçoeis nisto cada vez mais,
buscando viver em paz, cuidando cada qual da sua vida, e trabalhando com as
próprias mãos, como já vos orientamos”. (1 Tessalonicenses 4:10-11 KJA)
Os cristãos conservadores jamais
deveriam abrandar sua oposição ao “casamento” gay e ao aborto por amor a ganhos
eleitorais.
Se os imigrantes, inclusive os
brasileiros, votassem de acordo com princípios morais e cristãos, Obama e os
democratas nunca ganhariam. Mas isso levanta uma questão séria: qual é a
alternativa?
Os candidatos que enfrentaram Obama
não espelhavam os valores morais ou cristãos dos imigrantes. Eles realmente
“moderaram” e “abrandaram” sua oposição ao “casamento” gay, ao aborto e a
outras grandes questões morais, exatamente como Jim Daly propôs. E não
funcionou.
Como cristão, eu jamais poderia
votar em Obama ou nos candidatos rivais e suas posturas “moderadas”, que são
igualmente imorais.
É tarde demais para os cristãos
conservadores americanos pararem a imigração em massa causada pelos democratas.
Esses imigrantes, que se opõem ao “casamento” gay e ao aborto, estão decidindo
as eleições americanas por sua mera escolha dos políticos que oferecem mais
esmolas.
Se um candidato dissesse “temos de
trabalhar muito duro para construir nossa nação”, ele teria sido eleito por
americanos de duzentos ou trezentos anos atrás, mas não hoje.
No entanto, se ele dissesse “se você
me escolher, você receberá muitos presentes”, sua eleição estaria garantida
hoje, mas provavelmente não duzentos ou trezentos anos atrás.
Os socialistas obtiveram vitória ao
mudar a demografia americana sem nenhuma oposição desde a década de 1960.
Talvez os republicanos ou os conservadores devessem lutar fogo com fogo e
trazer imigrantes conservadores de outras nações. Nesse caso, os socialistas americanos
fariam o que nunca fizeram antes: oposição feroz às políticas de imigração!
Mas onde os republicanos ou os
conservadores conseguiriam milhões de imigrantes conservadores? Até mesmo
muitos cristãos no Brasil e outras nações estão contaminados por expectativas
socialistas: eles querem que o governo faça tudo por eles.
Há pouca esperança para os
conservadores sociais americanos e sua sobrevivência política.
Como os cristãos conservadores
americanos deveriam reagir à mudança de terceiro mundo que está ocorrendo nos
EUA?
Se eles não podem ir até os confins
da terra para pregar o Evangelho, pessoas desses confins estão sendo trazidas
pelos socialistas para receber o Evangelho — não o evangelho social, marxista e
progressista que está destruindo as grandes denominações protestantes dos EUA,
mas o Evangelho real, que liberta as pessoas de todo mal, inclusive do
socialismo.
Pelo menos, esta é a minha perspectiva
como um cristão brasileiro.
Com informações do jornal
Washington Times e WND.