Julio
Severo
O Dep. Marco Feliciano está sob
fogo pesado dos supremacistas gays, pois ele foi nomeado em 5 de março para
presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados.
Marco Feliciano |
Sob essa liderança socialista, a
CDH também discutia meios de criminalizar a crítica à homossexualidade. O
aborto e o sexo homossexual eram preocupações prioritárias deles.
Os supremacistas gays estavam
satisfeitos de verem suas exigências sendo atendidas por socialistas de linha
dura.
Então veio Marco Feliciano, um
pastor da Assembleia de Deus. Feliciano não tem treinamento teológico e tem
dificuldade de expressar suas opiniões em termos filosóficos. Apesar disso, ele
tem sido claro sobre valores. Seu histórico pentecostal simples o tem levado a
assumir uma posição firme contra o aborto e o homossexualismo.
Por isso, ele tem sofrido pressão
de todos os lados: supremacistas gays, políticos esquerdistas, grupos
pró-aborto, mídia esquerdista e… protestantes esquerdistas.
Um imenso grupo desses
protestantes, composto também por militantes gays protestantes, está
solicitando que o governo e o Congresso removam Feliciano da presidência da
CDH. O presidente da Câmara dos Deputados, um protestante, quer oficialmente
que Feliciano deixe o cargo. O presidente de seu partido, sob tal pressão, quer
também que ele renuncie.
Silas Malafaia, renomado televangelista pentecostal, apoia Feliciano
Muitos cristãos pró-família,
inclusive católicos, estão apoiando Marco Feliciano.
O Christian Post noticiou ontem Silas
Malafaia e Julio Severo como as principais vozes evangélicas no Brasil pedindo
que Feliciano não renuncie. Malafaia é também pastor da Assembleia de Deus e
tem uma audiência enorme por meio de seus programas semanais.
Silas Malafaia |
Ele tem falado sem rodeios sobre
aborto e homossexualidade. Como Feliciano, ele não tem medo de chamar o aborto
de assassinato e a homossexualidade de pecado. Mas diferente de Feliciano, ele
é muito mais articulado.
Contudo, tanto Malafaia quanto eu
compreendemos que este não é o tempo certo para julgarmos Feliciano por sua
falta de treinamento teológico e dons filosóficos. Portanto, por causa de sua
postura de falar sem rodeios em defesa de valores da família, Feliciano precisa
de apoio, não de críticas ou condenação.
ANAJURE
Por isso, é de surpreender que a
ANAJURE tenha emitido uma nota pública,
em 20 de março, dizendo que a presença de Feliciano na CDH vai “dividir, ainda
mais, a própria igreja evangélica” no Brasil.
A ANAJURE é um grupo de juristas evangélicos
que nasceu recentemente. Sua alegada missão é defender as liberdades civis
fundamentais, principalmente dos cristãos.
Mas sua nota púbica, assinada por
seu presidente, Uziel Santana, não tem nenhuma defesa tal das liberdades civis
fundamentais de Feliciano. Pelo contrário, a nota acusa o pastor da Assembleia
de Deus de “fomentar e participar de uma tresloucada ‘guerra santa’ por estar
agindo com intolerância para com os intolerantes”.
A nota também questiona as motivações
pessoais do pastor pentecostal, dizendo: “Tudo isso porque os projetos pessoais
estão acima dos valores da Verdade do Evangelho de Cristo”.
Conforme informação que obtive, a
ANAJURE teve sua primeira renúncia ontem, pois um de seus diretores discordou fortemente
da nota contra Feliciano.
De uma organização que se
autonomeou para defender as liberdades civis fundamentais, nós brasileiros
deveríamos esperar tal defesa, independente das diferenças doutrinárias da
vítima cristã. Mas esse é um duro teste para a ANAJURE, cujo Conselho Diretivo
Nacional é presidido pelo Rev. Augustus Nicodemus Lopes.
Um ativista gay numa universidade presbiteriana
Lopes é o chanceler da Universidade
Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. Ele tem vários textos teológicos contra
os movimentos pentecostais e neopentecostais. Alguns de seus artigos estão
disponíveis no site de sua universidade.
Em 28 de fevereiro, sua
universidade realizou um debate com o deputado federal Jean Wyllys. Wyllys é um
militante gay radical, que trabalha muito na CDH para avançar a agenda gay.
Para debater o ativista gay, Lopes
convidou um de seus amigos na ANAJURE. Mas os estudantes na universidade
presbiteriana vaiaram o representante da ANAJURE, e elogiaram Wyllys.
No fim, Lopes negou que tivesse
patrocinado o evento, mas o documento oficial da universidade confirma que o
debate foi realizado em parceira com a chancelaria da universidade.
Esse não é o único caso estranho envolvendo
seu chanceler. Em 2010 ele havia removido do site da universidade um manifesto
presbiteriano contra a agenda gay, pois os ativistas gays exigiram isso. Ele
cedeu. Mas ele nunca removeu seus vários artigos contra os pentecostais e
neopentecostais.
Minha exposição da parceria
incoerente, e o fato vergonhoso de que um ativista gay recebeu oportunidade de
defender suas perversões numa universidade protestante, reverberaram em todo o
Brasil. Grandes sites noticiosos evangélicos publicaram ou mencionaram meu artigo.
Censura
GospelPrime, GospelMais, Portal Fé
em Jesus e outros sites foram contatados pela ANAJURE, que lhes pediu que
removessem meu artigo e, em seu lugar, publicassem artigos da ANAJURE.
Um dos editores, que estava sob pressão
da ANAJURE, me disse: “Sinceramente, eu ainda não sei pra que existe a tal da
ANAJURE”.
GospelPrime, GospelMais e outros
cederam. Mas o Portal Fé em Jesus repreendeu a ANAJURE por sua agressão contra
a liberdade de expressão — nesse caso, minha liberdade de expressão.
O fato é, se a ANAJURE tivesse
repreendido Lopes por permitir um ativista gay em sua universidade, não
precisaria pedir que grandes sites evangélicos censurassem minhas liberdades civis
fundamentais de denunciar a conduta de Lopes.
Entretanto, mesmo sob pressões, meu
artigo teve uma repercussão significativa no Brasil. A página de Facebook de
Silas Malafaia o divulgou para seus 168.000 seguidores.
E quanto a ANAJURE e sua missão
alegada de defender as liberdades civis fundamentais? Está enfrentando um tempo
difícil de colocar em prática no caso de Marco Feliciano, pois seu presidente
acha que é necessário julgar o caráter e motivações de Feliciano, mas é incapaz
de fazer isso no caso de um de seus próprios diretores.
E se você expô-lo por permitir um
ativista gay em sua universidade protestante ou por ele ceder a militantes gays
que exigiram a remoção de sua universidade de um manifesto cristão contra a
agenda gay, a ANAJURE mostra seus músculos para defender a covardia e censurar
uma mensagem cristã contra ela.
A ANAJURE tem a liberdade de
defender e atacar quem quiser.
Mesmo discordando dele, apoiarei
Marco Feliciano por sua coragem, e oro para que ele não ceda aos covardes que
exigem que ele imite a covardia deles.
Versão
em inglês deste artigo: “What
does ANAJURE exist for?” The Marco Feliciano case
Fonte:
www.juliosevero.com
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