O colunista diz que o PSC está sendo pressionado para retirar Marco Feliciano da Presidência da CDHM.
Desde que o pastor e deputado federal Marco Feliciano foi escolhido
para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados, Jean Wyllys, deputado federal e ativista gay, tornou-se um
dos principais opositores a permanência do pastor no comando do
colegiado.
O jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja, escreveu um
artigo em sua coluna online comparando o número de votos que elegeu
ambos: “Os 13 mil votos de Jean Wyllys valem mais do que os 212 mil de
Feliciano?”, questiona Azevedo.
Para Reinaldo não houve
ilegalidade na condução de Feliciano ao posto, já que o parlamentar
assumiu a comissão através de um acordo entre partidos. Mas reitera:
“Não adianta tentar me patrulhar, acusando-me de apoiar o pastor. É
mentira! Aqui ninguém leva nada no grito, não! Deploro algumas falas de
Feliciano e já deixei isso claro”.
Reinaldo Azevedo lembrou que
Marco Feliciano recebeu uma quantidade de votos muito superior a de Jean
Wyllys e ressaltou que o mais votado nem sempre tem a razão, mas este
deve ser respeitado pela representação popular.
“Digam-me aqui: os
212 mil votos de Feliciano valem menos do que os 13 mil de Jean Wyllys
(PSOL-RJ)? Não! Não estou dizendo que o mais votado tem sempre razão.
Fosse assim, Tiririca seria Schopenhauer. Estou afirmando que é preciso
respeitar a representação popular. Ainda que a sociedade não possa e não
deva se conformar apenas com esse processo formal, sem ele, é fato, não
existe democracia digna desse nome. Partimos para a luta de todos
contra todos”, questionou o colunista.
O jornalista também
criticou o Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-SP) e disse que ele “resolveu pegar carona no processo de
demonização do deputado Marco Feliciano”.
“Encerro com uma
pergunta ao deputado Henrique Eduardo Alves: a tolerância com a gritaria
e a violência só vale para esse grupo que ora se manifesta, ou qualquer
outro que resolva inviabilizar o funcionamento de uma comissão conta
com o apoio da presidência desta Casa? Que tal, presidente, fazer uma
espécie de manual listando os grupos que têm licença especial para
partir para a porrada e para a intimidação?concluiu.
FONTE: GOSPEL PRIME
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